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Letra de forma ou letra cursiva

É importante entender porque a criança aprende primeiramente a letrinha de fôrma e não a cursiva e não simplesmente ensinar só porque a maioria faz assim e dá certo! Realmente, dá certo, mas há uma explicação do motivo pelo qual essa maneira é a melhor!

A criança está desenvolvendo a motricidade na fase da alfabetização e a letra do tipo bastão é mais fácil para se adequar neste momento. Os rabiscos começam a se endireitar e formar letras.

As letras de fôrma são ideais para esta fase, pois os caracteres são individuais e podem ser escritos um após o outro. Os traços são resumidos a pauzinhos aglomerados uns nos outros. Já as letras cursivas exigem uma agilidade maior, uma vez que, além de outras finalidades, são utilizadas para tornar o registro mais rápido.

O traçado simples das letras de fôrma dão maior liberdade no ato da escrita, ao contrário das “letras de mão” que precisam de uma organização maior. O ato de ligar uma letra a outra também dificulta o processo, pois anula a ação de tirar o lápis do papel e investir as forças na próxima letra, o que ordena um esforço motor maior.

Além disso, antes mesmo de serem alfabetizadas, as crianças já possuem contato com as letras de imprensa em jornais, na televisão, em livros, gibis. Elas não conseguem ler, mas fica na memória visual das mesmas.

Logo, a percepção da letra de fôrma é mais rápida e fácil do que da letra cursiva. No entanto, é importante trabalhar com esta última, assim que o infante se habituar à primeira. Não há problemas se as duas formas coexistirem por um tempo, porque independente da letra o que deve sempre estar em foco é a escrita. Pois mais importante do que a letra que a criança escolhe, é a compreensão da escrita como um ato de comunicação.

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

Como identificar e ajudar crianças e adolescentes vítimas de bullying?

O termo inglês bullying (pronuncia-se bulin) vem sendo utilizado em todo o mundo para descrever atos repetitivos de violência física, verbal e psicológica. Casos como os de crianças e adolescentes humilhados ou hostilizados na escola são os mais comuns. Quanto antes forem diagnosticados, mais fácil será ajudar o indivíduo vitimizado e menores serão as chances de traumas psicológicos no futuro.
Agressão psicológica ou física pode gerar traumas no futuro
Dependendo da faixa etária do agressor, podemos identificar diferentes expressões do bullying. Para entender o problema, mais importante do que o tipo da agressão é a semelhança entre seus motivos.
Geralmente, o bullying é fruto de visões preconceituosas sobre as pessoas consideradas diferentes da maioria. Na escola, muitas vezes, aqueles alunos que se destacam intelectualmente são excluídos do contato social por outras crianças, assim como aqueles mais sensíveis ou retraídos. Essas diferenças provocam, em algumas crianças, um desejo de exercer poder sobre aqueles que consideram diferentes, dominando-os ou atacando-os, normalmente em público.

Ciberbullying (bullying na internet)

Hostilidades sempre existiram no ambiente escolar, mas elas se potencializaram com o surgimento da internet. A sensação de que não serão descobertos e de impunidade acaba levando os adolescentes a criarem páginas e conteúdos agressivos e a dispararem contra os colegas, sem medo.
A tecnologia que poderia ser utilizada como meio benéfico - para troca de informação e de contato social - passou, nos casos de bullying, a ser utilizada de forma agressiva e psicologicamente violenta por parte dos agressores.
A perseguição pode ter efeitos lesivos e duradouros contra as vítimas e até mesmo contra suas famílias. Daí a importância de se descobrir o problema a tempo de reparar os danos.

Como identificar uma criança que sofre bullying?

Mudanças de comportamento são sinais importantes e podem sinalizar aos pais que os filhos estão sendo vítimas de bullying.
A criança ou adolescente pode, repentinamente:
  • Não querer mais frequentar as aulas
  • Pedir para mudar de turma
  • Apresentar queda do rendimento escolar
  • Passar a ter dificuldade de atenção
  • Apresentar sintomas físicos, como dor de cabeça ou de estômago e suor frio, indicando o violento e elevado nível de angústia a que está sendo submetido.

O que fazer para ajudar uma vítima de bullying?

Qualquer indivíduo que tenha sofrido qualquer tipo de ameaça verbal, física ou psicológica precisa de ajuda e necessita ser protegido.
Bullying provoca traumas e danos a crianças e adolescentesOs adultos devem informar à criança ou ao adolescente que o que ela sofreu será cuidado pela família, pela escola, pela comunidade ou pelas autoridades da lei.
Muito importante também é deixar claro para a vítima, seja qual for a sua idade, que ela não é culpada pelas perseguições que está sofrendo, reafirmando que ela tem valores e qualidades que devem ser muito respeitados.
Os pais devem sempre se mostrar disponíveis a escutar o filho, permitindo que expresse seus sentimentos diante da ameaça ou da agressão que vivenciou.
Devem também evitar criticar a criança ou adolescente quando, sozinhos, não conseguirem enfrentar a situação.
Pais jamais devem ignorar ou minimizar o problema de seus filhos, muito menos estimular agressão ou revide.

Medidas de combate aos casos mais graves

  • Reforçar que as vítimas devem procurar ajuda de um adulto da família na ocorrência de situações difíceis
  • A vítima, com apoio dos pais, deve relatar o ocorrido para um responsável na escola
  • Juntar provas materiais, salvando e imprimindo as páginas com as ofensas
  • Pedir ao provedor para tirar a página com as agressões do ar
  • Procurar uma delegacia e fazer o boletim de ocorrência
  • Procurar ajuda de um especialista quando os recursos de apoio emocional da família se esgotarem.

Sugestões para escolas e comunidades com casos de bullying

Para minimizar ou acabar com as agressões, escolas, comunidades e especialistas podem promover programas antibullying envolvendo alunos, famílias, professores e coordenadores.
O resultado de um trabalho preventivo, compartilhado por todos pode oferecer melhoria na qualidade dos relacionamentos e no uso responsável da internet.
Podem ser realizadas ações como:
  • Capacitar professores e funcionários, na identificação e encaminhamentos adequados das vítimas
  • Conscientizar os potenciais agressores de que existem consequências para os crimes contra a honra, de calúnia ou injúria e de que os pais podem ser responsabilizados pelos atos dos filhos
  • Promover, na escola, critérios de não tolerância às condutas de bullying e ciberbullying
Fonte: Soraya Azzy, psicóloga do Hospital Israelita Albert Einstein

COMO ADOTAR UMA CRIANÇA NO BRASIL?

© Wendi Evans | Dreamstime.com

Você deve ser maior de idade, gozar de boa saúde, não ter antecedentes criminais e ter renda para sustentar uma criança.
Notas:
1) não podem adotar os ascendentes (avós) e os irmãos do adotando.
2) o adotante há de ser, pelo menos, 16 anos mais velho do que o adotando.
O primeiro passo é a habilitação à adoção. Você deve contatar a Vara de Infância e Juventude de sua cidade, com os dados e documentos necessários para o cadastro como adotante:

- qualificação completa (nome, endereço, etc.);
- dados familiares (estado civil, existência de filhos), etc.;
- cópias autenticadas de certidão de nascimento ou casamento, ou declaração relativa ao período de união estável;
- cópias da cédula de identidade e inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas;
- comprovante de renda e domicílio;
- atestados de sanidade física e mental;
- certidão de antecedentes criminais;
- certidão negativa de distribuição cível.

Uma vez preenchidos os requisitos e completada a documentação, você será chamado para uma entrevista com uma Assistente Social, onde serão abordadas as suas motivações para adoção.
Após a entrevista, a lei exige que os adotantes passem por cursos de orientação, onde aspectos jurídicos, psicológicos e sociais da adoção são abordados.
Cumpridas estas etapas, seu nome passará a ser listado no cadastro nacional de adotantes.
A partir desta inclusão no cadastro, a qualquer momento você poderá ser chamado à Vara da Infância, para receber uma indicação de adoção (detalhes da criança, idade, sexo, características físicas), e, caso a indicação lhe parecer adequada, ir conhecê-la no abrigo (casa-lar) e confirmar seu interesse pela adoção desta criança.

Lidando com filhos gêmeos

                                     Filhos gêmeos

Ter filhos gêmeos não costuma ser um plano efetivo do casal. A gravidez múltipla foge ao controle, mesmo quando há uma pré-disposição genética ou tratamentos para infertilidade. Futuras mamães até sonham com isso, enquanto outras ficam desesperadas só de pensar nessa possibilidade. Afinal, a estrutura e o planejamento familiar são completamente modificados com a vinda de gêmeos.
O espaço físico da casa é revisto, o orçamento doméstico redobrado e os planos profissionais deixam de ser prioridade.
Atualmente, pela facilidade do ultra-som, a mãe tem como saber desde o primeiro trimestre que está à espera de mais de um bebê. Passada a surpresa inicial, os pais têm um bom tempo para se reorganizar antes da chegada dos pequenos.
Do ponto de vista médico, a gestação múltipla requer alguns cuidados especiais, como um acompanhamento mais rigoroso da gestante e do desenvolvimento dos bebês.

Mais trabalho para todos

Com os novos bebês, o trabalho é redobrado para todos. Amamentar mais de um bebê exige da mamãe uma dose extra de disponibilidade e paciência. É perfeitamente possível amamentar mais de um, já que quanto mais eles mamam maior a produção de leite.

Dicas para mamães de gêmeos

O bom senso e o conforto da mamãe é o que mais importa. Aos poucos, vai ficando claro qual a melhor forma de fazer as coisas.
- Coloque os dois bebês ao seio e cante para eles enquanto mamam; - Amamente um de cada vez e aproveite para conversar com ele individualmente; - Amamente quem acordou primeiro.
Fonte: www.jnjbrasil.com.br
Filhos Gêmeos
Atualmente, pode-se detectar gémeos entre a oitava e décima semana de gravidez. Quando os pais são informados que vão ter filhos gémeos sentem-se alegres, mas simultaneamente bastante preocupados. Agora, tudo lhes parece pequeno: o quarto, a casa e o carro, e as despesas vão ser maiores, porque terão de comprar tudo a dobrar.
As inquietações são imensas. Será complicada a gravidez? O parto mais difícil? Como gerir as economias? É possível alimentar os dois ao mesmo tempo? Como devemos educá-los, será correcto tratá-los de forma idêntica, vesti-los de maneira igual? Aqui ficam alguns esclarecimentos psicopedagógicos.

É complicada a gravidez de gémeos?

A grávida de gémeos costuma dar à luz na 37ª semana, e até lá a gravidez pode desenrolar-se sem quaisquer complicações. Normalmente as náuseas são mais frequentes, e por esta razão aconselha-se a tomar o pequeno-almoço na cama, beber chás ou infusões e comer alimentos baixos em calorias. A alimentação deverá ser equilibrada e controlada, não há motivos para "comer por três". A barriga cresce a um ritmo muito rápido, aliás como na maioria dos casos.
O médico exige um maior rigor no controlo do peso. As grávidas de gémeos não devem engordar mais de 15 a 17 quilos, enquanto as grávidas de filho único não podem passar dos 11 quilos de aumento de peso. O cansaço e a limitação dos movimentos são outras queixas comuns em grávidas de gémeos. As dificuldades de respiração podem ser as principais responsáveis por esse facto, por isso, é fundamental que a grávida peça ajuda nos trabalhos mais pesados.

O parto de gémeos é mais difícil?

Os gémeos nascem normalmente três ou quatro semanas antes dos filhos únicos. Nascem mais leves, com cerca de 2.300 gramas, enquanto a média dos filhos únicos é de 3.360 gramas. O nascimento dos gémeos poderá desenrolar-se sem complicações graves.
Todas as mães ambicionam os primeiros momentos com os seus filhos e querem desfrutá-lo ao máximo, preferindo estar conscientes nesse momento. Parto normal, cesariana ou anestesia epidural, oiça a opinião do médico que seguiu a gravidez.

Mais despesas com o nascimento de filhos gémeos?

Ter filhos gémeos poderá assustar os pais devido às despesas, e com razão porque têm que comprar muitas coisas a dobrar. No entanto, aparecem no mercado carrinhos de bebé em segunda mão óptimos e existe sempre algum amigo que já não necessita do berço esquecido na arrecadação. Se tiver dificuldades, não se oponha e aproveite essas oportunidades.

Como é possível alimentar os dois ao mesmo tempo?

Os primeiros cuidados maternos poderão amedrontar os pais, um comportamento natural e comum. É importante para a mãe, ter alguém com quem falar, alguém que escute as suas inquietações e saiba ajudá-la a ultrapassá-las. O ideal seria uma amiga que também tivesse tido gémeos e pudesse dar o testemunho preciso desses tempos.
Quanto à amamentação, pode-se alimentar os gémeos em simultâneo, não há nada em contra, e a dedicação e o carinho maternal podem ser distribuídos pelos dois filhos. É um acontecimento único, com um peso importante no desenvolvimento psicológico das crianças e com o qual a mãe deve sentir-se orgulhosa e privilegiada.
O dia-a-dia pode ser difícil para a mãe nos primeiros meses. Peça auxílio ao pai ou a outra pessoa. Os choros de fome, de sono e os banhos podem ser complicados só para uma pessoa, porque enquanto se dá banho a um bebé o outro chora com fome, e é natural que a mãe não consiga responder sozinha.
O apoio é saudável e alivia as tensões e preocupações. É uma oportunidade para assistir a acontecimentos inesquecíveis das crianças; como o primeiro sorriso ou a primeira palavra.

Como devemos educá-los, será correcto tratá-los de forma idêntica, vesti-los de maneira igual?

A educação deverá ser diferenciada. As crianças têm comportamentos e personalidades diferentes, que exigem atitudes paternais distintas, como tal não se deve lidar com os gémeos como se eles fossem apenas um. São dois seres com motivações e pensamentos próprios, que devem ser respeitados pelos pais.
Quanto à forma de vestir dos gémeos, todos os especialistas consideram preferível, e quanto mais cedo melhor, vesti-los de modo diferente. As crianças precisam de desenvolver o seu próprio gosto e têm o direito de se diferenciarem dos outros. Ninguém gosta de ser confundido com outra pessoa, muito menos os gémeos.
É fundamental que os pais marquem desde o nascimento a diferença entre os gémeos. Os nomes bem distintos e as roupas diferentes podem ser uma mais valia na construção de uma identidade, de uma individualidade e da maneira de pensar e de agir autónoma dos gémeos.
Fonte: www.millenniumbcp.pt

Pais e mães não percebem que seus filhos estão obesos

Metade das mães que participaram de um estudo considerou que seus filhos não estavam obesos, mesmo as crianças estando visivelmente acima do peso. E, do lado dos pais, o resultado foi que 39% deles não achavam o filho gordinho.
Quando a criança estava apenas um pouco acima do peso (mas mesmo assim, com mais quilos do que o recomendado), a quantidade de mães que não percebe isso sobe para 75% das mães e 77% dos pais.
Além de serem avaliados pela forma com que consideravam suas crianças, os pais também deveriam informar suas próprias condições de peso e de saúde.
Veja outros fatos que o estudo mostrou:
  • Mães e pais de crianças gordinhas eram significantemente mais obesos do que os pais de crianças com peso normal.
  • Os pais eram mais “ligados” em seu próprio peso do que no de seus filhos. 83% das mães e 78% dos pais com sobrepeso percebiam suas condições.
  • Quando a tarefa era escolher uma figura que melhor demonstrasse a silhueta de seu filho, 97% dos pais com crianças de peso normal escolheram uma silhueta mais magrela do que deveriam. O mesmo aconteceu com 95% dos pais de crianças gordinhas.
  • A maioria das mães não se preocupava com o peso das crianças, mas as mães de crianças obesas se preocupavam um pouco mais do que as mães de crianças normais.
  • Aproximadamente quatro em cada cinco pais disse que gostaria de receber informações sobre o peso de seu filho, independente se achava que a criança estava obesa ou não.
A obesidade infantil cria terríveis prognósticos para o futuro destas crianças. Caso você conheça uma criança que esteja muito gorda deve informar isso para seus pais. Outros estudos já demonstraram que não tem problema em falar para os pais que seus filhos estão obesos, caso eles não percebam.

São os filhos que educam os pais


Que os pais influenciam os filhos, é uma consequência óbvia, mas estudos recentes mostram que os filhos também exercem grande influência sobre os pais. A pesquisadora Anette Roest realizou um estudo onde entrevistou famílias no início e no final de um período de dez anos. Neste estudo procurou diferenciar as similaridades entre pais e filhos da transmissão de valores.
O que a pesquisadora descobriu é que certos valores tendem a ser passado pelos pais e outros pelas mães. Pais costumam reforçar o valor do trabalho e mães ensinam seus filhos a exercer o livre-arbítrio. Mas os pais também exercem influência entre si. As mães costumam incentivar em seus companheiros o respeio e também a descontração.
Da mesma forma, os filhos não recebem a influência dos pais de maneira passiva, é uma relação recíproca. O que foi observado é que os filhos, da mesma forma que as mães, influenciam os pais com respeito e diversão. No entanto, Roest não achou nenhuma evidência de que as filhas tenham este tipo de influência, apenas o adolescentes do sexo masculino.
Familiares, através da convivência, automaticamente influenciam uns aos outros, como um sistema de reciprocidade, é um fator de socialização. Isso sigifica que não são apenas os pais que moldam a personalidade do filho, pelo fato de a família não estar isolada da sociedade, os filhos também trazem contribuição de forma independente.

O que fazer quando os nossos filhos têm férias e os pais não?

As férias escolares, por muito ansiadas que sejam pelos filhos, podem revelar-se um verdadeiro problema para os pais. Isto porque o período de tempo é muito maior do que aquele que os pais conseguem tirar de férias, colocando a questão principal: onde dei

O fim das aulas. Uma meta que para os mais jovens significa liberdade, uma pausa nos trabalhos de casa, muito tempo livre para fazerem o que lhes apetecer. Para os pais, uma preocupação. Preocupação essa que tem razão de ser, uma vez que deixam de ter um sítio onde deixar os filhos enquanto vão trabalhar. E não estamos a falar de uns dias. O calendário do ensino básico e secundário prevê mais de 50 dias úteis de férias, isto sem contarmos com os cerca de 10 dias úteis referentes á altura do Natal, Páscoa e Carnaval. Se falarmos do ensino pré-escolar, os números passam para dois meses de férias de Verão, mais os 10 dias das férias festivas.
p>Como conseguem os pais acompanhar as férias dos filhos quando dispõem de apenas 22 dias de descanso? Seria necessários terem o dobro do tempo que têm agora para o poderem fazer.
Como não esperamos que tão cedo isso aconteça, aqui ficam algumas sugestões para a ajudarem a preencher os dias livres do seu filho, enquanto as suas férias não chegam!

Divisão das férias

O problema não se limita à falta de tempo que os pais acabam por ter para passarem férias com os seus filhos. Vai mais longe! Não existindo as escolas onde as crianças possam estar, outras soluções são precisas. Mas as alternativas são poucas e custam dinheiro. Colocar um filho em colónias de férias não sai barato. Colocar dois ou mais é muitas vezes incomportável. Muitos pais acabam por fazer férias separadas, de modo a poderem estar com os filhos à vez. As famílias acabam por passar só cerca de uma semana com todos os elementos juntos, mas esta solução é prática em termos financeiros. Enquanto a mãe continua a trabalhar, o pai goza as suas férias com os filhos, sendo mais tarde substituído pela mãe, quando regressa ao trabalho. As crianças não ficam sozinhas e acabam por passar as férias inteiras em companhia dos progenitores. Esta solução torna-se mais difícil para os pais que ficam limitados no tempo que têm para passarem um com o outro.

Passar férias com familiares

O apoio familiar, sempre importante, é nestas situações muito útil. Saber que os filhos podem ficar com os avós, tios, ou outros familiares e/ou amigos, é um descanso para os pais. E se tiver a sorte de ter uma família grande, com muitas crianças, ainda melhor para os seus filhos, que vão ter companhia de meninos da sua idade para se divertirem. As interrupções escolares abalam muito o orçamento familiar que, por norma, já está planeado ao mínimo pormenor. Sem um suporte familiar que ajude, as férias dos mais pequenos podem transformar-se num drama.

Os conhecidos ATL são a solução?

Infelizmente, não existe uma solução fácil. Sem dúvida que os Centros de Actividades de Tempos Livres facilitam em muitos casos a questão das férias das crianças e as actividades que propõem ocupam os dias dos mais pequenos que se divertem até não poderem mais. Mas também aqui existem limitações que fazem com que os ATL deixem de ser uma alternativa viável para os pais. Para crianças até aos quatro anos, a situação complica-se, uma vez que não existem actividades de tempos livres para esta idade e o calendário escolar das creches não tem uma legislação específica, variando de creche para creche. Para as restantes faixas etárias, o problema que surge é a nível financeiro. Os pais não conseguem suportar os gastos que inscrever os filhos no ATL acarretam ao orçamento familiar.
Não existindo impedimentos de ordem financeira, aqui ficam algumas sugestões de centros de actividades onde pode inscrever o seu filho para o período de férias.

Outras opções

Inscrever o seu filho em colónias públicas também é uma opção. Terá que o fazer com bastante antecedência, uma vez que a lista de espera é longa, dada a grande procura por estes serviços. São poucas as que oferecem a possibilidade de colónias fechadas, mas ter o seu filho de volta a casa para lhe contar como correu o dia é sempre agradável e permite-lhe passar algum tempo com ele nas férias, nem que seja ao jantar e ao deitar. Outra opção é contratar uma educadora para o período de férias, em conjunto com outros pais. Existem igualmente associações de pais que, perante este dilema, se juntam e oferecem às crianças ocupações de tempos livres.

Psicóloga fala do impacto na vida dos filhos quando a mulher não abre mão da carreira

Quem precisa conciliar as missões de ser mãe, profissional, esposa, amiga, filha, e tantos outros papéis ao mesmo tempo, sabe que essa não é das tarefas mais fáceis. Para ajudar essas mulheres a entenderem o que se passa na cabeça dos filhos que precisam compartilhar a mãe com tantas outras funções, a psicóloga Cecília Russo Troiano lançou o livro Aprendiz de equilibrista: Como ensinar os filhos a conciliar família e carreira.

Nessa conversa com o Portal EcoD, Cecília desmistificou alguns questionamentos comuns às “mulheres equilibristas” e falou sobre os impactos desse estilo de vida no futuro dos filhos.
O livro surgiu de uma pesquisa feita pela psicóloga, escritora e mãe de dois adolescentes com 500 crianças e jovens, de seis a 22 anos, sendo metade filhos de mães que trabalham e metade de mães que não trabalham fora, da classe AB, na cidade de São Paulo. A pesquisa combinou análises qualitativas e quantitativas, além de entrevistas com diversos profissionais que se relacionam direta e indiretamente com esses jovens, como pediatras, professoras e terapeutas.
Segundo Cecília, que também é diretora-geral e sócia do Grupo Troiano de Branding e autora do livro Vida de Equilibrista: dores e delícias da mãe que trabalha, o projeto mostra, pela primeira vez na literatura brasileira, o olhar dos filhos sobre o fenômeno social da entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho.
Portal EcoDesenvolvimento.org: As crianças de hoje são mais maduras?
Cecília Russo Troiano: Certamente as crianças de hoje têm muito mais estímulos, dentro e fora de casa. A consequência é uma visão mais completa do mundo, o que leva à maturidade. Por outro lado, há a superproteção dos pais e o confinamento dos filhos em casa (medo, violência, vida em apartamentos, etc.). Isso, ao contrário, fecha os horizontes. Mas, apesar disso, certamente as crianças hoje são mais antenadas.
Qual a imagem que essa geração tem da mãe?
Veem a mãe como uma verdadeira equilibrista – a CEO da casa. Ela ainda é vista como a que cuida da casa e da família, mas também aquela que sai para trabalhar, paga contas, etc. É com essa referência que nossos filhos estão sendo educados. Por isso, chamo essa geração de “aprendiz de equilibrista”.
E do pai?
O pai também vem sendo visto de forma mais abrangente, deixando de ser apenas o provedor. O pai brinca, vai ao supermercado, é carinhoso. Enfim, mãe e pai são mais completos.
Como a senhora explicaria essa mudança ao longo das gerações?
Creio ser a própria transformação dos papéis de homem e mulher, movimento este que está bem acelerado desde a década de 1970. É uma geração que está crescendo com essa nova dinâmica familiar.
As mães ainda sentem muita culpa em deixar os filhos para irem trabalhar?
A culpa ainda atormenta demais as mulheres. É o subproduto da vida de equilibrista. Mães, em maior ou menor intensidade, quase sempre têm culpa. Culpa de não estar o tempo todo com os filhos, de se ausentar de algum evento da escola, etc. Eu digo que a culpa já vem instalada na maternidade, como um “chip”.
A pesquisa revela que pais cujas esposas não trabalham fora geram mais orgulho nos filhos do que pais que dividem o sustento da família com a mulher. Como a senhora explicaria isso?
Quando a mãe não trabalha, o sustento da família fica apenas com o pai. Ele é a figura forte, o alicerce da família em termos materiais. Isto é grande fonte de orgulho para os filhos. Já quando os pais dividem essa responsabilidade com a mãe, do sustento material, ele, em certa medida “perde” espaço, poder, e com isso há uma “queda” do orgulho dos filhos em relação a ele. Afinal, ele não está mais sozinho nessa função.
Outra coisa marcante foi que a felicidade dos filhos não varia de acordo com a opção da mãe. Porém, mesmo lendo essa pesquisa, muitas mães ainda vão ficar temerosas de deixar os filhos. O que diria para elas?
Sim, é verdade. Filhos estão bem se a escolha da mãe é bem resolvida. Se essa mãe está bem resolvida. Por isso, indico para as mães fazerem a escolha que seja melhor para elas, que façam uma análise para essa tomada de decisão, trabalhar ou não fora. Uma decisão segura gerará filhos bem resolvidos com a opção da mãe. O inverso é desastroso.
Na geração dos pais, almejava-se a conquista, o poder e o acúmulo de bens. Já essa geração Y (jovens da atualidade) briga por satisfação no trabalho e equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Como o modelo de equilibrista que essas mães estão passando para seus filhos pode influenciar nas futuras decisões deles, levando-se em consideração essa busca por mais qualidade de vida?
Acho que o modelo vivido hoje por pais e mães é mais um estímulo para essa geração buscar maior qualidade de vida, um equilíbrio. Os pais estão sobrecarregados, cansados. Os filhos vislumbram abrir mão de algumas coisas, construir um modelo mais equilibrado, rever a questão da culpa, buscar momentos de lazer. Enfim, será um novo modelo equilibrista, aos moldes dessa geração.
Que tipo de pais e mães serão essas crianças?
Certamente serão casais que equilibrarão mais os papéis, de verdade. Mas serão pais também como os atuais – com medos e expectativas em relação aos filhos, apesar de todas as mudanças. Seguirão sendo pessoas com emoções. Isto é, serão diferentes e parecidos ao mesmo tempo.
Por fim, quais dicas a senhora daria para as mães que precisam trabalhar fora, mas não querem deixar de dar a melhor criação para seus filhos?
Acreditar que seu trabalho não prejudica os filhos, se ela souber dar atenção e amor nas horas possíveis para ela, refletir bastante antes de tomar a decisão de trabalhar ou não, acreditar que os filhos se adaptam bem à escolha da mãe, deixar de querer ser perfeita em tudo, ser supermulher, e dividir tarefas com o marido e outras pessoas que possam apoiá-la.

Sobre o livro
Título: Aprendiz de Equilibrista
Subtítulo: Como ensinar os filhos a conciliar família e carreira
Autora: Cecília Russo Troiano
Origem: Brasil
Assunto: comportamento, feminino, masculino, infantil, juvenil, trabalho, educação.
Preço: R$ 29,90
Páginas: 148 páginas
* Publicado originalmente no site EcoD.

Você sofre da “Síndrome da Mãe Perfeita”?

Cuidado: a ânsia de perfeição pode acabar pondo em risco o desenvolvimento dos seus filhos e o seu próprio equilíbrio

Renata Losso, especial para o iG São Paulo

Que os filhos devem ser prioridade na vida de uma mãe, disso não há dúvidas. Mas quando a vontade de sair para fazer as unhas se torna quase impossível de ser atendida – por razões que vão desde falta de tempo ao sentimento de culpa por deixar o filho em casa –, pode ser que a tal prioridade esteja mais para exclusividade, e que a “Síndrome da Mãe Perfeita” já tenha invadido a rotina materna. Prioridade e exclusividade são bem diferentes. E, de acordo com a psicoterapeuta Denise Pará Diniz, Coordenadora do Setor de Gerenciamento de Estresse e Qualidade de Vida da Unifesp, dedicar-se por tempo integral aos pequenos não é necessário – nem indicado.
“É preciso tratá-los com prioridade, principalmente nos primeiros anos, mas não se pode esquecer que os filhos também precisam conhecer a mãe como uma pessoa real, que possui qualidades, desejos e necessidades pessoais”, diz Denise. No entanto, por nem sempre ser fácil manter esse equilíbrio, é comum encontrar mães que organizam o dia a dia sempre em razão das atividades dos filhos e, entre elas, há até mesmo as que se esquecem ou acabam deixando de lado os papéis anteriormente desempenhados, como o de esposa e de profissional, por exemplo.
Há aquelas que procuram controlar todas as variáveis da vida para que o filho tenha tudo em mãos e não sinta falta de nada, mesmo quando a criança já está mais velha, e aquelas que, mesmo com os filhos mais crescidinhos, acabam deixando muitas outras atividades de lado por preocupação e sentimento de culpa. Estas atitudes, se não forem policiadas, podem gerar diferentes complicações na vida do filho. E também na vida da mãe.

Dedicação em xeque

De acordo com a antropóloga Gilda de Castro Rodrigues, autora do livro “O Dilema da Maternidade” (Editora Annablume), há muitos aspectos positivos trazidos pela maternidade. Mas um negativo pode ser crucial: a patrulha social. “A sociedade fica vigilante para qualificar as mães como boas ou ruins, e isso causa uma enorme angústia”, explica. Além disso, na maioria das vezes, o vínculo entre mãe e filho é muito forte e incondicional, e por serem elas as principais responsáveis pelo processo de socialização da criança, já é possível imaginar o quanto algumas acabam exigindo de si mesmas. No caso de Heliana Gabriel da Cunha, 41 anos, não há arrependimento na dedicação.

Mãe de Brunna e Lívia, de 10 e três anos, respectivamente, Heliana deixou de trabalhar quando recebeu o pedido da mais velha para que ficassem mais tempo juntas. “Ela ficava com a avó e eu a buscava depois do trabalho, então acabava participando pouco da vida dela”, conta Heliana. Atualmente, já não é o que acontece: “Eu praticamente vivo em função delas. Até arrumei uma babá quando a mais nova completou nove meses, mas sou eu que tenho que dar banho, dar comida, não saio de perto nenhum minuto. A babá acaba servindo para alguma possível emergência. Não as deixo sozinhas nunca, só quando elas vão para a escola”.

Embora faça tudo isso com satisfação, Heliana confessa que passou os últimos três anos sem dormir uma noite inteira. Sua filha mais nova sempre teve o sono muito inquieto e, se ela chora, a mãe precisa estar por perto. “Eu durmo com a babá eletrônica ao lado e qualquer barulhinho que ouço vou correndo até ela, com medo de que esteja vomitando”, explica. E ela nem é a primeira filha: “Dizem que segundo filho é mais fácil, mas para mim as duas estão sendo da mesma forma. Sou um pouco neurótica, mesmo”, admite.

Fantasia e exagero

Mas, para a psicoterapeuta Denise Pará Diniz, é realmente no início da criação do primeiro filho que mora o maior perigo. “É quando você começa a aprender a ser mãe, então a mulher pode ficar excessivamente preocupada”. Segundo Heloísa Schauff, psicóloga clínica especialista em Terapia de Casal e Família, é comum que as mães de primeira viagem fantasiem que tudo seja perfeito e acabem não conseguindo distribuir o tempo e atenção entre outras funções, além das que exigem os filhos. “Não é exatamente o desejo de ser perfeita, é um sentimento de não se achar boa o suficiente, de não estar fazendo o melhor que pode”, explica. E isso pode acontecer tanto para a mãe que não trabalha fora de casa quanto para a que trabalha.

 
“Para quem vive em cidade grande, por exemplo, sempre haverá a sensação de pouco tempo com a criança pela correria do dia a dia, mas é preciso lembrar-se dos limites que a mãe precisa ter”, recomenda a especialista. O conselho também é válido para as mães que estão sempre à disposição dos filhos – e acabam passando da conta. De acordo com Schauff, conforme a criança vai crescendo e adquirindo maior autonomia, algumas utilidades que a mãe possuía antes vão ficando para trás. “Apesar de sermos mães a vida inteira, independentemente dos outros papéis que estejam sendo desempenhados, é preciso permitir que a criança também experimente e amadureça”, explica.

É o que procura alcançar a professora Paula Belmino, de 35 anos. Há quatro anos cumprindo o papel de mãe de Alice com esmero, Paula conta que até hoje ainda fica ao lado da filha até que ela adormeça e, quando a deixa na escola, sofre até de taquicardia por medo do que pode acontecer enquanto estão separadas. “Ao mesmo tempo em que quero que ela cresça e seja feliz, também tenho vontade de querer grudar e não deixar mais crescer”, confessa. A filha se faz presente até nos momentos que ela tem para si só: “Eu me martirizo por sair sem ela. Quando vou ao shopping, por exemplo, ao invés de comprar coisas de que preciso, compro tudo para ela. Acho que toda mãe é um pouco louca”, observa.

Limite para o filho, limite para a mãe

E as crianças, o que ganham com a “Síndrome da Mãe Perfeita”? Nada de muito bom. “Se a mãe é muito permissiva e mima demais os filhos, eles crescem sem saber lidar com frustrações e têm dificuldades maiores que as outras crianças para lidar com as regras fora de casa”, diz Schauff. Se a criança não enfrenta estes desafios ainda dentro de casa, pode se acostumar a obter tudo como quer – e não é bem isso que acontece fora de casa. Na escola, por exemplo, ela tem que aprender a esperar sua vez e a dividir a atenção da professora com os colegas. O mesmo efeito de despreparo infantil pode acontecer se a mãe nunca sair de perto: “A criança vai precisando de outras relações e outras vivências em que sinta que faz as coisas por si só e se supera por si só”, completa Denise.

O mesmo problema pode acontecer com as mães. A mulher que fica cada vez mais em casa com os filhos – ao invés de assumir outras atividades à medida que eles vão crescendo – também pode estar com dificuldades para ter outras vivências, como voltar ao trabalho, e se adaptar a elas. Mas é preciso prestar atenção para certificar-se de que ser mãe em período integral é um plano pessoal, não apenas um esforço para seguir um valor cultural. “Se ela se organizou e quer viver aquilo, não faz mal. O que faz mal é passar dos limites e ter somente isso de dedicação exclusiva”, explica a psicoterapeuta.

Há também o caso de mães que, por terem questões mal-resolvidas com o trabalho ou com o marido, por exemplo, acabam focando somente na maternidade e tornam os pequenos o único mundo a ser vivido – um grande peso e até uma injustiça com a criança. “Por essas e outras que o comportamento de mãe e filho deve ser observado: se a mãe está mais depressiva e cansada e se o filho anda muito egocêntrico, birrento e sem amigos”, explica a psicoterapeuta.
A principal questão a ser esclarecida, porém, é de que a perfeição não existe. Segundo Schauff, o que mais importa é a qualidade do tempo passado com o filho, e não necessariamente a quantidade. “Existe o melhor que a gente pode dar e a necessidade do olhar com parcimônia: é importante ter o tempo para si mesmo, para a relação conjugal, e transitar com saúde e qualidade em todas as esferas. Só assim a criança verá a mãe feliz e satisfeita, o que é muito importante de ser notado”, explica a psicóloga. A partir da percepção de que não há exatamente uma medida ideal, é possível libertar-se das próprias expectativas exageradas e fazer o que é possível pelos filhos, acompanhando-os sempre com carinho e afeto, ultrapassando as fantasias para se tornar uma boa mãe de fato.

03/12 • Dia Internacional do Portador de Deficiência

Por muitos anos, diversos foram os nomes dados para estas pessoas com necessidades especiais...Retardados mentais, excepcionais, surdos-mudos, aleijados e outros mais.         
Que são eles na verdade?
Ora, são pessoas portadoras de necessidades especiais como por exemplo: educacionais, comunicativas, de acessibilidade e de adaptação social.
Em nosso país alguns ainda pensam ser as próprias pessoas deficientes a causa para a sua segregação e exclusão. E tudo isso requer mudanças urgentes. Uma maior conscientização por parte de todo sobre a realidade das pessoas portadoras de deficiência. Para tanto, necessário é que as pessoas públicas e responsáveis pelo bem estar de todos os cidadãos tomem providências para que se façam campanhas de esclarecimentos, planeje-se em cada local um estudo das carências estruturais, físicas e possíveis adequações, propiciando assim identificar o que é realmente preciso ser feito em cada comunidade. Como também que a população se engaje nesta luta, faça sugestões, cobre, vigie, participe!



Inclusão.
Palavra que circula em todos os meios de comunicação, nacionais e internacionais, nos dias atuais. A mídia trata o tema inclusão, como se fosse fato já consumado, como se todos os direitos das pessoas estivessem realmente assegurados. A realidade é que, sabemos que muito ainda precisa ser feito para que efetivamente as pessoas com necessidades especiais possam usufruir desses direitos.
Consta no Estatuto da Criança e Adolescente, no seu capitulo V, artigo 58, da educação especial: Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial.
O artigo 59 traz que: Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores capacitados para a integração desses educandos nas classes regulares.
Já na realidade, não é este o quadro que encontramos, na maioria das escolas normais pertencentes a rede publica, com exceção aos centros educacionais especializados. A grande maioria das escolas ainda está implantando rampas de acesso e sanitários adequados. Com a dificuldade de acesso, difícil fica ao novo aluno a sua real inclusão.  Faltam meios para que ele possa interagir e efetivamente participar dessa comunidade.
Se este aluno especial for usuário de cadeira de rodas, terá com certeza seu acesso a escola dificultado. Sorte se o tiver até sala de aula. Com mais sorte, talvez a escola possua banheiro adaptado. Do contrario, proibido satisfazer necessidades físicas! Mais fácil que tenha acesso ao espaço de recreação dos alunos, isso se estes estiverem preparados para conviver com as diferenças.
As escolas publicas fazem a inclusão da criança nas salas de aulas ditas normais, sem possuírem professores adequados a nova realidade, ou mesmo especializados, no trato da necessidade do novo aluno, sem que estejam preparados para ensinar ao mesmo tempo crianças pelo método normal e as recém chegadas que precisam de um ensino com metodologia especial. Aos alunos ditos e tidos normais, falta paciência, porque lhes falta a real compreensão, para com os novos colegas.
Acabam assim, em sua maioria, sem o apoio necessário ao pleno desenvolvimento das suas capacidades. Direito este garantido na constituição federal. E ainda assim, muitos, mesmo enfrentando todas estas dificuldades, completam seus estudos!
E este é um problema que atinge de uma forma direta ou indireta a toda população. Ou você pensa que nunca seu filho, ou você mesmo, será colega de alguém portador de necessidade especial?
Por este e outros tantos motivos que se faz urgente a inclusão da pessoa especial no Brasil. Com certeza não será de um dia para o outro que se instalará por decreto ou por direito esta inclusão, mas ela tem de ser iniciada. Efetivamente, gradativamente e coletivamente.
Isso se quisermos ter um país no mínimo mais humano e justo, compromissado com a educação e com a cultura de seu povo.
Com seu próprio futuro.
 
 Este poema é baseado em um poema anônimo que circula na net e em algumas salas de aulas.
 
Deficiente! Quem?

DIA DA ASTRONOMIA

2 de Dezembro

A Astronomia no Brasil iniciou há 171 anos, com o estabelecimento do observatório nacionall pelo imperador Dom Pedro I em 1827, com o objetivo principal de manter a hora oficial para orientar a navegação, que naquela época dependia da comparação da hora marcada por um cronometro oficial no navio e a altura do Sol a partir do horizonte, que estabelece a hora local, para localizar-se no mar.
O Observatório Nacional marcava o meio-dia com um tiro de canhão, e mais tarde com o lançamento de balões.
Ainda hoje o Observatório Nacional é encarregado da hora oficial brasileira, mas já há muitos anos o sinal da hora é emitido por rádio.
Dia Nacional da Astronomia
No início da década de 1970, com a chegada dos primeiros brasileiros, doutores em Astronomia, que haviam estudado na França, a astrofísica, que é o estudo das leis da natureza (física) utilizando o Universo como um grande laboratório, se inicia.
Com a instalação do telescópio de 1,6 metros de diâmetro (do espelho) pelo Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), atual Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, ainda o maior telescópio no Brasil, no Observatório do Pico dos Dias, em Minas Gerais, a astrofísica se desenvolveu a passos largos.
Nos últimos 25 anos o número de doutores em Astronomia no Brasil cresceu de 2 para 250. Os principais centros de Astronomia do Brasil são o Instituto Astronômico e Geofísico da USP, com cerca de 50 doutores, o Observatório Nacional no Rio de Janeiro, com 30 doutores, o Departamento de Astronomia da UFRGS, com 9 doutores e o Departamento de Astronomia no INPE, em São José dos Campos, SP, com 11 doutores.
Existem grupos de Astronomia na Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal do Rio de Janeiro (Observatório do Valongo), Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Universidade Federal de Santa Maria e na Universidade Federal de Santa Catarina.
Também existem pequenos grupos na Universidade de Campinas, Universidade Estadual de Maringá, Universidade Estadual de Feira de Santana, Universidade Federal do Mato Grosso, e outros.
Dia Nacional da Astronomia
Fonte: www.cdcc.usp.br

INCLUINDO ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NA ESCOLA


Incentivo à leitura - Sindrome de Down

Fonte: Inclusão Brasil

Folheto produzido por Sandy Alton, da Down´s Syndrome Association, e distribuído pelo Ministério da Educação britânico. - Tradução Patricia Almeida



OBJETIVO DESTE FOLHETO:
Muito mais crianças com Síndrome de Down têm entrado em escolas da rede regular de ensino. Este é o resultado de muitos fatores. Pressão dos pais com o apoio de organizações voluntárias encorajaram desde 1981 a secretaria de educação a integrar alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas comuns se os pais assim o desejassem. Mais recentemente, um documento de 1997 propôs que alunos com necessidades educacionais especiais deveriam estar em escolas comuns.

Inevitavelmente, muitos professores vão achar a idéia de incluir alunos com SD em suas classes preocupante e vão ficar apreensivos a princípio. Porém, a experiência demonstra que a maioria dos professores têm as ferramentas necessárias para entender as necessidades específicas destas crianças e são capazes de ensiná-los efetivamente e com sensibilidade.

Este folheto traz informações sobre o perfil de aprendizado típico de uma criança com Síndrome de Down e boas práticas para sua educação, desta forma, pavimentando o caminho para uma inclusão bem-sucedida.

POR QUE INCLUSÃO ?

Há muitas razões por que uma criança com Síndrome de Down deve ter a oportunidade de frequentar uma escola comum. Cada vez mais pesquisas tem sido publicadas e o conhecimento sobre as capacidades de crianças com Síndrome de Down e o potencial de serem incluídos com sucesso tem aumentado. Ao mesmo tempo, os pais têm se informado mais sobre os benefícios da inclusão. Além disso, a inclusão é não discriminatória e traz tanto benefícios acadêmicos quanto sociais.

Acadêmicos
- Pesquisas mostram que as crianças se desenvolvem melhor academicamente quando trabalham num ambiente inclusivo

Social
- Oportunidades diárias de se misturar com seus parceiros com desenvolvimento típico proporcionam modelos para comportamento de acordo com a faixa etária
- As crianças têm oportunidade de desenvolver relações com crianças de sua própria comunidade
- Ir à escola comum é um passo chave em direção à inclusão na vida comunitária e na sociedade como um todo.

A inclusão bem-sucedida é um passo importante para que crianças com necessidades educacionais especiais se tornem membros plenos e contributivos da comunidade, e a sociedade como um todo se beneficia disso. Os colegas com desenvolvimento típico ganham conhecimento sobre deficiência, tolerância e aprendem como defender e apoiar outras crianças com necessidades educacionais especiais. Como escreve David Blunkett “ quando todas as crianaças saõ incluídas como parceiros iguais na comunicade escolar, os benefícios são sentidos por todos”.

ATITUDE POSITIVA
Mas a inclusão bem-sucedida não acontece automaticamente. A experiência mostra que um dos ingredientes mais importantes na implementação bem-sucedida de um aluno com necessidade de aprendizagem específia é simplesmente a vontade de que ela ocorra. A atitude da escola como um todo é, portanto, um fator significativo. Uma atitude positiva resolve problemas por si só. As escolas precisam de uma política clara e sensível sobre inclusão de sua direção e coordenação, que devem ser comprometidas com esta política e apoiar seus funcionários, ajudando-os a desenvolver novas soluções em suas salas de aula.

UM PERFIL DE APRENDIZADO ESPECÍFICO, NÃO APENAS ATRASO NO DESENVOLVIMENTO

As crianças com Síndrome de Down não apenas levam mais tempo para se desenvolver e
portanto precisam de um currículo mais diluído. Elas têm, em geral, um perfil de aprendizagem específico com pontos fortes e fracos característicos. Saber dos fatores que facilitam e inibem o aprendizado permite aos professores planejar e levar adiante atividades relevantes e significativas e programas de trabalho. O perfil de aprendizado característico e estilos de aprendizado de uma criança com Síndrome de Down , junto com suas necessidades individuais e variações do perfil devem, portanto, ser considerados.

Os seguintes fatores são comuns a várias crianças com Síndrome de Down. Alguns têm implicações físicas, outras têm comprometimentos cognitivos. Muitas têm ambos.

FATORES QUE FACILITAM O APRENDIZADO
- Forte reconhecimento visual e habilidade visual de aprendizado, incluindo:
- Habilidade de aprender e usar sinais, gestos e apoio visual
- Habilidade para aprender e usar a palavra escrita
- Imitação de comportamento e atitudes dos colegas e adultos
- Aprendizado com currículo prático e material e com atividades de manipulação

FATORES QUE INIBEM O APRENDIZADO

- Desenvolvimento tardio de habilidades motoras, tanto fina quanto grossa
- Dificuldades de audição e visão
- Dificulade no discurso e na linguagem
- Déficit de memória auditiva recente
- Capacidade de concentração mais curta
- Dificuldade com a consolidação e retenção de conteúdo
- Dificuldade com generalizações, pensamento abstrato e raciocínio
- Dificuldade em seguir sequências
- Estratégias para evitar o trabalho


DIFICULDADE DE VISÃO

Embora os alunos com Síndrome de Down costumem ser muito bons em aprender visualmente e sejam capazes de utilizar este habilidade para aprender o currículo, muitos têm alguma dificuldade de visão: de 60 a 70% usam óculos antes dos 7 anos e é importante diagnosticar e sanar as dificuldades que eles possuem.

ESTRATÉGIAS
- Coloque o aluno mais à frente
- Escreva com letras maiores
- Faça apresentações simples e claras

DIFICULDADE DE AUDIÇÃO
Muitas crianças com Síndrome de Down têm alguma perda auditiva, especialmente nos primeiros anos. Até 20% apresentam perda sensorial-neural, causada por defeitos no desenvolvimento do ouvido e nervos auditivos. Outros 50% podem ter perda auditiva ocasionada por infecções respiratórias que costumam ocorrer por conta dos canais auditivos mais estreitos. É especialmente importante checar a audição da criança porque ela afetará sua fala e linguagem.

A clareza da audição também pode ser flutuante e é importante identificar que respostas inconsistentes podem ser fruto de deficiência auditiva e não falta de entendimento ou atitude indesejada.

ESTRATÉGIAS
- Coloque o aluno mais à frente
- Fale diretamente ao aluno
- Reforce o discurso com expressões faciais, sinais ou gestos
- Reforce o discurso com material de apoio visual – figuras, fotos, objetos
- Escreva novo vocabulário no quadro
- Quando outros alunos responderem, repita suas respostas alto
- Diga de outra forma ou repita palavras e frases que possam ter sido mal-entendidas.

SISTEMA MOTOR FINO E GROSSO
Muitas crianças com Síndrome de Down têm flacidez muscular (hipotonia), o que pode afetar sua habilidade motora fina e grossa. Isso pode atrasar as fases do desenvolvimento motor, restringindo experiências dos primeiros anos, tornando o desenvolvimento cognitivo mais lento. Na sala de aula, o desenvolvimento da escrita é especialmente afetado.

ESTRATÉGIAS
- Oferecer exercícios extras, orientação e encorajamento – todos as habilidades motoras melhoram com a prática.
- Oferecer atividades para o fortalecimento do pulso e dedos, como por exemplo alinhavar, seguir tracinhos com o lápis, desenhar, separar, cortar, apertar, construir, etc.
- Usar um grande leque de atividades e materiais multi-sensoriais.
- Procurar que as tividades sejam o mais significativas e prazerosas possível.

DIFICULDADE DE FALA E DE LINGUAGEM

Crianças com Síndrome de Down típicas possuem dificuldade de fala e linguagem e devem ser atendidas regularmente por fonoaudiólogos que podem sugerir atividades individualizadas para promover o desenvolvimento de sua fala e linguagem.

O atraso na linguagem é causada por uma combinação de fatores, alguns deles físicos e alguns devido a problemas cognitivos e de percepção. Qualquer atraso em aprender a entender e usar a linguagem pode levar a um atraso cognitivo. O nível de conhecimento e entendimento e, logo, a habiliade de acessar o currículo vai inevitavelmente ser afetada. Habilidades receptivas são mais desenvolvidas do que habilidades de expessão. Isso quer dizer que as crianças com Síndrome de Down entendem mais do que são capazes de expressar. Como resultado disso, as habilidades cognitivas destes alunos são freqüentemente subestimadas.

ATRASO NA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
- Vocabulário menor, levando a um conhecimento geral menor.
- Dificuldade de aprender regras gramaticais (não usar vocábulos de conexão, preposições, etc), resultando num estilo telegráfico de discurso.
- Habilidade para aprender vocabulário novo mais fácilmente do que as regras gramaticais.
- Maiores problemas em aprender e usar linguagem social.
- Maiores problemas em entender linguagem específica apresentada no currículo.
- Dificuldade em compreender instruções.

Além disso, a combinação de ter uma boca menor e músculos da boca e da língua mais fracos torna a formação das palavras fisicamente mais difícil, e quanto maior a frase maiores ficam os problemas de articulação.

Problemas de fala e linguagem para estas crianças normalmente significam que menos oportunidades lhes são oferecidas para manter uma conversação. É mais difícil para eles pedir informação ou ajuda. Os adultos costumam fazer perguntas fechadas, ou terminar uma frase pelas crianças sem lhes dar tempo para falarem por si próprios nem ajudar para que eles consigam fazê-lo.

A consequência disso é que a criança:
- Ganha menos experiência de linguagem que lhe dê oportunidade de aprender novas palavras e estruturas de período.
- Tem menos oportunidade de praticar para tentar falar com mais clareza.

ESTRATÉGIAS
- Dar tempo para o processamento da linguagem e para responder.
- Escutar atentamente – seu ouvido irá se acostumar.
- Falar frente à frente e com os olhos nos olhos do aluno.
- Usar linguagem simples e familiar, com frases curtas e enxutas.
- Checar o entendimento – pedir para a criança repetir instruções dadas.
- Evitar vocabulário ambíguo.
- Reforçar a fala com expressões faciais, gestos e sinais.
- Ensinar a ler e usar palavras impressas para ajudar a fala e a pronúncia.
- Reforçar instruções faladas com instruções impressas, usar também imagens, diagramas, símbolos e material concreto.
- Enfatizar palavras-chave reforçando-as visualmente.
- Ensinar gramática com material impresso, cartões de figuras, jogos, figuras de preposições, símbolos, etc.
- Evitar perguntas fechadas e encorajar a criança a falar além de frases monosilábicas.
- Encorajar o aluno a falar em voz alta na sala dando a ele estímulos visuais. Permitir que eles leiam a informação pode ser mais fácil para eles do que falar espontaneamente.
- O uso de um diário para casa e escola pode ajudar os alunos a contar suas “ novidades”.
- Desenvolver a linguagem através de teatro e faz-de-conta.
- Encorajar o aluno a liderar.
- Criar oportunidades onde ele possa falar com outras pessoas, por exemplo, levar mensagens, etc.
- Providenciar várias atividades e jogos de ouvir por pouco tempo e materiais visuais e táteis para reforçar a linguagem oral e fortalecer as habilidades auditivas.

DÉFICIT DE MEMÓRIA AUDITIVA RECENTE E NA HABILIDADE DE PROCESSAMENTO AUDITIVO

Outros problemas de fala e linguagem em crianças com Síndrome de Down surgem por conta de dificuldades na memória auditiva recente e nas habilidades de processamento auditivo. A memória auditiva recente é a memória armazenada usada para manter, processar, entender e assimilar a língua falada o tempo suficiente para responder. Qualquer déficit na memória auditiva recente vai afetar consideravelmente a habilidade do aluno em responder a palavra falada ou aprender a partir de situações que se prendam somente a sua habilidade auditiva. Além disso, eles acham mais difícil seguir e lembrar de instruções verbais.

ESTRATÉGIAS
- Limite a quantidade de instruções verbais a uma de cada vez.
- Dê tempo à criança para processar e responder às colocações verbais.
- Repita individualmente para o aluno qualquer informação ou instrução que foi dada a classe como um todo.
- Tente evitar instruções ou discussões na classe que sejam muito longas.
- Planeje traduções visuais e-ou atividades alternativas.

Lembre-se: em geral, crianças com Síndrome de Down têm fortes habilidades de aprendizagem visual mas não são bons aprendizes auditivos. Sempre que possível eles necessitam de apoio visual e concreto e materiais práticos para reforçar as informações auditivas.

CAPACIDADE DE CONCENTRAÇÃO MAIS CURTA

Muitas crianças com Síndrome de Down têm uma capacidade de concentração mais curta e são facilmente distraídos. Além disso, a intensidade do aprendizado com apoio, especialmente quando ele se dá individualmente, é muito maior e a criança se cansa mais facilmente do que a criança que não necessita deste apoio.

ESTRATÉGIAS
- Construa uma gama de tarefas curtas, focalizadas e definidas claramente nas aulas.
- Varie o nível de demanda de tarefa para tarefa.
- Varie o tipo de apoio.
- Use os outros colegas para manter o aluno trabalhando.
- Na hora da rodinha, situe o aluno próximo ao professor (sem sentar no colo!).
- Providencie um quadrado de carpete para que a criança fique sentada no mesmo lugar.
- Trabalhar no computador às vezes ajuda a manter o interesse da criança por mais tempo.
- Crie uma caixa de atividades. Isso é útil para as horas em que a criança terminou sua atividade antes de seus colegas, precisa mudar de tarefa ou precisa dar um tempo. Coloque uma série de atividades que o aluno gosta de fazer, incluindo livros, cartões, jogos de manipulação, etc. Isso encoraja a escolha dentro de uma situação estruturada. Deixar que outra criança participe é uma boa maneira de encorajar amizade e cooperação.

GENERALIZAÇÃO, PENSAMENTO ABSTRATO E RACIOCÍNIO

Quando uma criança tem deficiência de fala e linguagem, suas habilidades de pensamento e raciocínio são inevitavelmente afetadas. Ela encontra mais dificuldade em transferir suas habilidades de uma situação para outra. Conceitos e assuntos abstratos podem ser particularmente difíceis de entender e a capacidade de resolução de problemas pode ser afetada.

ESTRATÉGIAS
- Não assuma que o aluno vai transferir conhecimento automaticamente.
- Ensine novas habilidades usando uma variedade de métodos e materiais e em vários contextos diferentes.
- Reforce o aprendizado de conceitos abstratos com materiais concretos e visuais.
- Ofereça explicações adicionais e dê demonstrações.
- Encoraje a solução de problemas.

CONSOLIDAÇÃO E RETENÇÃO

Alunos com Síndrome de Down geralmente levam mais tempo para aprender e consolidar coisas novas e a habilidade de aprender e absorver o aprendizado pode variar de um dia para o outro.
ESTRATÉGIAS
- Ofereça mais tempo e oportunidade para repetições adicionais e reforço.
- Apresente informações e conceitos novos de maneiras variadas, usando material concreto, prático e visual, sempre que possível.
- Siga em frente mas sempre dê uma revisada para assegurar que coisas aprendidas anteriormente não ficaram esquecidas com a assimilação das novas informações.

ESTRUTURA E ROTINA

Muitas crianças com Síndrome de Down se dão bem com rotina, estrutura e atividades focalizadas claramente. Situações informais e sem estrutura são geralmente mais difícieis para eles. Eles também podem se sentir contrariados com qualquer mudança. Podem precisar de maior preparação e podem levar mais tempo para se adaptar às mudanças na sala de aula e nas transições.

ESTRATÉGIAS
- Explique sobre a grade de horários, rotinas e regras escolares explicitamente, dando tempo e oportunidade para que aprenda.
- Providencie uma grade de horários visualmente atraente: use palavras, desenhos, figuras e fotos.
- A progressão da aula durante o dia deve poder ser acompanhada pelo horário.
- Quando uma grade visual não for apropriada, arrume uma série de fotos ou figuras descrevendo as atividades escolares. Estas fotos podem ser mostradas a criança antes da atividade ser começada.
- Certifique-se de que a crinaça sabe qual será a próxima atividade.
- Atenha-se à rotina sempre que possível.
- Prepare a criança com antecedência se souber que haverá alguma mudança e informe os pais.
- Solicite a ajuda da criança na preparação para a atividade subsequente dando-lhe uma tarefa específica.

INCLUSÃO SOCIAL

O objetivo primordial para qualquer criança de 5 anos entrar na escola é a inclusão social. Como com qualquer criança, é muito mais difícil progredir nas áreas cognitivas até que ela seja capaz de se comportar e interagir com os outros de maneira socialmente aceitável e entender e responder apropriadamente ao ambiente que a cerca. Todas crianças com Síndrome de Down se beneficiam em se misturar com colegas com desenvolvimento típico. Muitas vezes eles ficam felizes em agir como os colegas e geralmente os usam como modelos para o comportamento social apropriado e motivação para aprender. Este tipo de experiência social, quando existe a expectativa de que as outras crianças se comportem e consigam fazer coisas de acordo com sua faixa etária, é extremamente importante para as crianças com Síndrome de Down, que geralmente tem um mundo mais confuso e menos maduro social e emocionalmente. Mesmo assim, muitas delas precisam de ajuda adicional e apoio para aprender as regras para o comportamento social apropriado. Elas não aprendem facilmente de forma incidental e não pegam as convenções intuitivamente como seus colegas. Elas vão levar mais tempo do que seus colegas para aprender as regras. O foco principal da ajuda adicional nos primeiros anos deve ser aprender as regras do comportamento social adequado.

ESTRATÉGIAS
- Reconhecer as principais rotinas do dia.
- Aprender a participar e responder apropriadamente.
- Responder a perguntas e instruções dadas oralmente.
- Aprender a respeitar a vez de cada um, dividir, dar e receber.
- Aprender a fazer fila.
- Aprender a sentar no chão na hora da rodinha.
- Aprender comportamentos apropriados.
- Aprender as regras da escola e da classe, tanto as formais quanto as informais.
- Trabalhar independentemente.
- Trabalhar em cooperação com os outros.
- Fazer e manter amizades.
- Desenvolver de habilidades de auto-ajuda e tarefas práticas.
- Tomar conta, se preocupar com os outros.

HORA DE BRINCAR

Algumas ajudas adicionais na inclusão de crianças pequenas com Síndrome de Down durante a hora da brincadeira podem ser necessárias. Porém, qualquer ajuda de adulto que a criança tiver, se não for usado com sensibilidade, pode erguer uma barreira entre a criança e seus colegas, o que, junto com a dificuldade de fala e linguagem, pode tornar as coisas muito mais difíceis para a criança com Síndrome de Down:
- Começar independentemente a brincar com outras crianças.
- Entender as regras do jogo.
- Entender as regras de “ser amigo”.

ESTRATÉGIAS
- Encoraje o aprendizado cooperativo em trabalho com um parceiro ou num grupo pequeno.
- Não coloque sempre o aluno junto com o grupo menos capaz ou menos motivado. Alunos com Síndrome de Down se beneficiam por trabalhar com crianças mais capazes se as tarefas forem adequadamente diferenciadas.
- Promova a conscientização sobre as deficiências através de, por exemplo, uma discussão com toda a classe ou a escola. É importante que os alunos se familiarizem com o colega com Síndrome de Down, entendam seus pontos fortes, seus pontos fracos, sua capacidade e também reconheçam que ele tem as mesmas necessidades emocionais e sociais do que eles próprios.
- Se achar adequado, promova uma alternância de amigos ou um sistema de colega de apoio para ajudar na inclusão.
- Use a ajuda dos colegas no lugar de adultos sempre que possível.
- Organize apoio para oferecer sessões de brincadeira estruturadas na hora do recreio.
- Encoraje a participação do aluno em atividades extra-curriculares com os colegas da escola (clubes de livro, esportes, etc).
- Encoraje habilidades de independência e vida prática, por exemplo, dando-lhe responsabilidades – devolver livros, levar mensagens, etc.
- Encoraje-o a conhecer a si mesmo, respeitar a própria identidade, promova sua auto-estima e auto-confiança.
- Promova o entendimento através de teatro, livros, figuras ou na hora da rodinha.

COMPORTAMENTO

Não há problemas de comportamento característicos de crianças com Síndrome de Down. Porém, muito de seu comportamento estará relacionado a seu nível de desenvolvimento. Então, quando ocorrem problemas, eles são geralmente parecidos com aqueles vistos em crianças de desenvolvimento típico mais novas.

Além disso, crianças com Síndrome de Down cresceram tendo que lidar com mais dificuldades do que muitos de seus colegas. Muito do que se espera que eles façam em seu dia-a-dia será muito mais difícil de conseguir fazer devido a seus problemas de comunicação, audição, memória, coordenação motora, concentração, e dificuldade de aprendizado. Os problemas de comportamento podem, portanto, ser desencadeados em algumas situações aparentemente banais. Por exemplo, eles podem se sentir frustrados ou ansiosos com mais facilidade. Então, o fato da criança ter Síndrome de Down não necessariamente quer dizer que ela vá apresentar inevitavelmente problemas de comportamento, mas a natureza de suas dificuldades os fazem mais vulneráveis a desenvolver problemas de comportamento.

Uma questão particular dos problemas de comportamento são as estratégias para escapar das tarefas. Pesquisas mostram que, como muitos alunos com necessidaes educacionais especiais, crianças com Síndrome de Down costuma adotar estas estratégias que comprometem o progresso de seu aprendizado. Alguns alunos usam comportamentos anti-sociais para distrair a atenção dos adultos e escapar do trabalho, e parecem apenas aceitar fazer tarefas que exigem muito pouco de sua capacidade cognitiva.

É importante o professor ficar atento à possibilidade destas estratégias e saber separar comportamento imaturo de mau-comportamento deliberado, e assegurar que o nível de desenvolvimento e não a idade cronológica da criança seja levado em consideração, junto com sua capacidade de entender instruções dadas oralmente. Qualquer recompensa a ser oferecida trambém deve levar em conta estes fatores.

ESTRATÉGIAS
- Assegurar que as regras são claras
- Assegurar que todos os funcionários da escola saibam que a criança com Síndrome de Down deve obedecer às regras como qualquer aluno.
- Utilizar instruções curtas, precisas e claras e gestos e expressões que as confirmem – explicações longas e complexas não são apropriadas.
- Distinguir o “não consigo fazer” do “não vou fazer”
- Investigar qualquer comportamento inapropriado, perguntando a si mesmo por que a criança está agindo deste modo: a tarefa é muito fácil ou muito difícil ? A tarefa é muito longa ? O trabalho é adequado para a criança ?
- O aluno compreende o que é esperado dele ?
- Encorajar comportamento positivo desenvolvendo figuras de bom comportamento. Por exemplo, mostrar uma foto da turma ou de um grupo arrumando a sala direitinho, pode ser o bastante para encorajá-lo a fazer o mesmo.
- Reforçar o comportamento desejado imediatamente com sinais de aprovação visuais ou orais.
- Ignorar tentativas de chamar a atenção dentro do possível – o seu propósito é criar distração
- Desenvolver uma série de estratégias para lidar com a tentativa de escapar: algumas funcionarão melhor que outras com algum um aluno em particular.
- Assegurar que o professor de apoio não seja o único lidando com o mau-comportamento. O professor da turma tem a responsabilidade sobre a criança.
- Assegurar que a criança trabalhe com colegas que sejam bons modelos em comportamento.

APOIO

A maior parte dos alunos com Síndrome de Down vai precisar de apoio adicional. Porém, o tipo de apoio que a criança recebe pode ter um enorme impacto na efetivação da inclusão.

A seguir, algumas coisas que são esperadas do profissional de apoio:
No que diz respeito à criança:
- Aumentar o acesso ao currículo e ao desenvolvimento do aprendizado.
- Garantir que a criança aprenda novas habilidades.
- Ajudar a desenvolver a independência.
- Ajudar a desenvolver habilidades sociais, amizades e comportamento apropriado para a idade.

No que diz respeito ao professor:
- Ajudar a modificar ou adaptar tarefas planejadas pelo professor.
- Dar informações mais detalhadas sobre o desempenho do aluno ao professor.
- Dar oportunidade ao professor de trabalhar individualmente com uma criança com Síndrome de Down ou em grupo enquanto assume o lugar do professor.

TAMBÉM É MUITO IMPORTANTE QUE O PROFESSOR DE APOIO SEJA VISTO COMO PERTENCENDO A TODA CLASSE, DANDO AJUDA A TODAS AS CRIANÇAS QUE NECESSITAREM, E NÃO COMO PROPRIEDADE DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN. DESTA MANEIRA, OUTRAS CRIANÇAS DA CLASSE SE BENEFICIAM COM O APOIO EXTRA . O PROFESSOR NUNCA DEVE ABDICAR DE SUA RESPONSABILIDADE PELA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN.

AJUDA INDIVIDUAL E SAÍDAS DA CLASSE

Além disso, o apoio não deve consistir apenas e nem principalmente na professora ajudante trabalhando individualmente com a criança, especialmente quando isso requer saídas da classe, o que deve ser evitado ao máximo. Embora vá haver vezes em que algum trabalho individual seja requerido, isso só deve ser feito em último caso e dentro da sala de aula, sempre que possível.

ESTRATÉGIAS
Esteja ciente de que muita ajuda individual pode privar a criança de:
- ser beneficiada da estimulação e modelos proporcionados pelos colegas.
- aprender a trabalhar cooperativamente.
- aprender a trabalhar independentemente.
- desenvolver relações sociais com seus colegas.

QUANTOS AJUDANTES ?

Em geral, não é aconselhável ter um profissional de apoio para ajudar uma criança. Isso pode levar a uma familiaridade grande demais e à dependência da criança naquela pessoa, além de ser uma relação intensa demais tanto para a criança quanto para o ajudante. Considere ter dois ajudantes ao invés de um, que se revezem dividindo horários ou dias. Isso também pode facilitar na hora de substituir um ajudante quando o outro se ausentar por qualque motivo.

Quando planejar o apoio, é vital decidir:
- Quem vai adaptar o trabalho e de que maneira?
- Quem vai procurar e preparar recursos adicionais ?
- Quando isso vai acontecer e com que frequência ?

O professor da turma é o responsável pela diferenciação das atividades, mas muitos professores de apoio são capazes de adaptar atividades se e quando necessário.

O CURRÍCULO
Embora vá haver uma necessidade contínua de visar a independência, o comportamento social e a inclusão social da criança com Síndrome de Down, algumas metas devem ser alcançadas no primeiros anos. Uma atenção maior deve ser dada quando a criança passa da primeira para a segunda série.

Mesmo assim, como para qualquer criança, as atividades devem ser modificadas e adaptadas para se adequar ao nível de aprendizado e desenvolvimento da criança. Em alguns casos, isso pode significar que um novo conceito, assunto ou habilidade deverá ser recortado até um nível bem básico com um foco num ponto específico que você quer que a criança aprenda e entenda.

Embora isso possa significar que, em alguns casos, a criança com Síndrome de Down estará trabalhando num nível muito diferente , não quer dizer que o assunto ou tópico que ela esteja trabalhando seja diferente do dos demais colegas. Com planejamento e o apoio do professor ajudante isso pode ser alcançado com sucesso em muitos casos.

PRÁTICAS DE SALA DE AULA

Muitos alunos com Síndrome de Down, assim como outros alunos com necessidades educacionais especiais, não se adaptam a algumas práticas de sala de aula: aulas expositivas para a turma inteira, aprender ouvindo, e trabalho de reforço baseado em exercícios sem modificação. Portanto, os professores precisam analisar suas práticas de sala de aula e todo o ambiente de aprendizado na classe de forma que as atividades, os materiais e os grupos de alunos sejam levados em conta. Para certos propósitos, a habilidade será menos importante do que os estilos de aprender de cada aluno. É importante, por exemplo, utilizar a motivação e a oportunidade para aprender com bons modelos que surgem quando o alunos com Síndrome de Down está trabalhando em grupo os colegas.

Estudos mostram que não apenas os alunos com necessiades educacionais especiais preferem trabalhar em grupo, mas o grupo cooperativo fomenta o aprendizado.

ESTRATÉGIAS
Decida quando a criança deve trabalhar:
- Em atividades com toda a classe.
- Em grupo ou em pares na classe.
- Em grupo ou em pares numa área afastada.
- Individualmente independentemente ou individualmente com o professor.

Decida quando a criança deve ficar:
- Sem apoio.
- Com apoio dos colegas.
- Com apoio do professor assistente.
- Com apoio do professor da turma.

- Faça um Plano de Educação Individual para atingir determinadas áreas que necessitem atenção.
- Produza uma grade de horários visualmente atraente para que a criança entenda a estrutura do seu dia.

LEITURA

Há muitas pesquisas destacando a forte ligação entre a leitura e o desenvolvimento da linguagem em crianças com Síndrome de Down e a leitura é uma área do currículo em que muitas destas crianças podem se sair muito bem. Como a palavra escrita faz com que a linguagem se torne visual, os textos impressos superam a dificuldade do aprendizado pela audição.

A leitura pode portanto ser usada para:
- Ajudar o entendimento.
- Ajudar a acessar o currículo.
- Melhorar as habilidades de fala e linguagem.

PORÉM É IMPORTANTE ESTAR ATENTO SOBRE COMO A CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN APRENDE A LER, JÁ QUE AS MANEIRAS PODEM SER DIFERENTES DAS RECOMENDADAS POR CADA ESCOLA. UM FATOR CHAVE AO ENSINAR UMA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN A LER É UTILIZAR O MÉTODO DE APRESENTAR A PALAVRA COMPLETA E MUITAS CRIANÇAS SÃO CAPAZES DE COMEÇAR A CONSTRUIR UM VOCABULÁRIO VISUAL DE PALAVRAS FAMILIARES DESTA MANEIRA.

Isso, é claro, pode significar um problema quando existe a exigência de que o método fônico seja utilizado na alfabetização. Usar fonemas para decodificar palavras pode ser mais difícil para crianças pequenas com Síndrome de Down porque ele envolve habilidades como audição apurada e discriminação de sons, assim como estar apto a resolver problemas. Mas uma noção básica do método fonético pode ser adquirida por muitas crianças com Síndrome de Down e isso deve ser introduzido enquanto elas estão construindo seu vocabulário visual.

ESCRITA

Produzir qualquer forma de trabalho escrito é uma tarefa muito complexa. As dificuldades de memória curta, fala e linguagem, sistema motor fino e organização e sequenciamento de informação provocam um impacto considerável na aquisição e desenvolvimento da escrita para muitos alunos com Síndrome de Down.

Áreas de especial dificuldade:
- Colocar as palavras em sequência para formação da frase.
- Colocar eventos-informação em sequência na ordem correta.
- Organização de pensamentos e informação relevante no papel.

ESTRATÉGIAS
- Investigar recursos adicioais para ajudar a escrita como um processo físico – diferentes tipos instrumentos para escrever, apoio tátil para empunhar o lápis, linhas grossas, quadrados no papel para limitar o tamanho da letra, papel com pauta, quadriculado, quadro individual para escrever, programas de computador.
- Oferecer apoio visual – flash cards (cartões de leitura com figura ou foto e palavra), palavras-chave e símbolos gráficos escritos em cartões.
- Oferecer métodos alternativos de memorização: sublinhar ou circular a resposta correta, sequência de frases com cartões, programas de computador específicos, utilizar o método Cloze (subtração sistemática de palavras, substituídas por lacunas num texto a ser aprendido).
- Garanta que os alunos só escrevam sobre assuntos que estejam dentro de sua experiência e entendimento.
- Ao copiar do quadro, sublinhe ou destaque uma versão mais curta que focalize o que é essencial para o aluno.
- Encorajar o uso de letra cursiva para ganhar fluência.

ORTOGRAFIA

Como a leitura, não é indicado confiar apenas na fonética para resolver problemas de ortografia, uma vez que muitas crianças com Síndrome de Down estarão soletrando palavras a partir da sua memória visual. Porém, para desenvolver e expandir sua habilidade de leitura elas vão precisar aprender algumas noções fonéticas , mas o desenvolvimento nesta área pode ser mais lento do que o de seus colegas.

ESTRATÉGIAS
Devido às habilidades de fala e linguagem mais fracas e o vocabulário limitado, é importante:
- Ensinar palavras que eles entendam.
- Ensinar palavras objetivando promover o desenvolvimento de sua fala e linguagem.
- Ensinar palavras necessárias para matérias específicas.
- Ensinar ortografia da maneira mais visual possível.
- Usar métodos multi-sensoriais – por exemplo, olhe-cubra-escreva-cheque, cartões com figuras e palavras, acompanhar com o dedo as letras.
- Reforçar os significados de palavras abstratas com figuras e símbolos.
- Colorir grupos e padrões de letras similares dentro das palavras.
- Oferecer um banco de palavras com figuras agrupado alfabeticamente para reforçar o significado.
- Trabalhar atividades de ortografia no computador.
- Ensinar famílias de palavras simples e básicas.

COMUNICAÇÃO COM OS PAIS E CUIDADORES

Embora muitos pais vão à escola regularmente, um livro de comunicação casa-escola é o ideal como forma de informar as novidades do dia. Isso tem um valor inestimável, principalmente enquanto a criança ainda não possui uma habilidade de fala e linguagem muito desenvolvida para contar as novidades claramente. Tome cuidado para não transformar o livro só em um portador de más notícias.

FONTE:http://cybelemeyer.blogspot.com/2009/04/falando-de-reciclagem.html

Alérgicos devem redobrar cuidados na primavera

 


Saúde -É agora, na primavera, a estação das flores, que a rinite alérgica aparece com mais freqüência. Devido ao pólen que se propaga no ar, a coriza, a obstrução nasal, os espirros consecutivos e aquela coceira no nariz, na garganta ou nos olhos, tornam-se personagens constantes na vida dos alérgicos. A poeira, o pólen, cheiros de perfumes, fumaça de cigarro, tintas, inseticidas, poluição, alguns produtos alimentícios e até mudanças bruscas de temperatura são alguns fatores que provocam a alergia.

Para tratar a alergia nada mais simples do que evitar contato com essas substâncias. A mais corriqueira é a poeira doméstica que pode ser amenizada com a higiene ambiental. A casa precisa estar sempre limpa. Esqueça a vassoura e o espanador que só espalham o pó; já o aspirador, pode até reter a sujeira, mas o seu filtro não limpa o ar totalmente. Portanto, opte pelo pano úmido.

O carpete, tapete, a cortina, os bichos de pelúcia e outros objetos que possam acumular poeira devem ser abolidos da casa onde vive um alérgico. São recomendadas as capas que protegem os colchões e os travesseiros. O ambiente deve ser bem ventilado e tomar bastante sol para evitar os fungos.

Mudança de estação

Catapora, caxumba e conjuntivite são comuns durante a transição do inverno para a primavera. Para se proteger dessas doenças infecto-contagiosas que se propagam pelas vias respiratórias, a recomendação da SMS (Secretaria de Saúde) é evitar os ambientes fechados e com muitas pessoas.

No caso do surgimento de catapora em alguma escola e creche da rede pública ou privada, o responsável da unidade deve avisar imediatamente SMS, que providenciará a aplicação da dose da vacina em todas as crianças que freqüentam o local onde a doença foi registrada.
fonte:http://www.jornalbaixadasantista.com.br